Santo André Dung-Lac e Comps. Mts. Dn 1,1-6.8-20
1No terceiro ano do reinado de Joaquin, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio sitiar Jerusalém.
2O Senhor entregou-lhe Joaquin, rei de Judá, bem como parte dos objetos do templo, que Nabucodonosor transportou para a terra de Senaar, para o templo de seu deus: foi na sala do tesouro do templo de seu deus que ele os colocou.
3O rei deu ordem ao chefe de seus eunucos, Asfenez, para trazer-lhe jovens israelitas, oriundos de raça real ou de família nobre,
4isentos de qualquer defeito corporal, bem proporcionados, dotados de toda espécie de boas qualidades, instruídos, inteligentes, aptos a ingressarem nos serviços do palácio real; deveria ser ensinado a eles a literatura e a língua dos caldeus.*
5O rei destinou-lhes uma provisão cotidiana, retirada das iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. A formação deles devia durar três anos, após o que entrariam a serviço do rei.
6Entre eles, encontravam-se alguns judeus: Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
8Daniel tomou a resolução de não se contaminar com os alimentos do rei e com seu vinho. Pediu ao chefe dos eunucos para deles se abster.*
9Este, graças a Deus, tomado de benevolência para com Daniel, atendeu-o de boa vontade,
10mas disse-lhe: “Temo que o rei, meu senhor, que estabeleceu vossa alimentação e vossa bebida, venha a notar vossas fisionomias mais abatidas do que as dos outros jovens de vossa idade, e que por vossa causa eu me exponha a uma repreensão da parte do rei”.
11Mas Daniel disse ao dispenseiro a quem o chefe dos eunucos havia confiado o cuidado de Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
12“Rogo-te, faze uma experiência de dez dias com teus servos: que só nos sejam dados legumes a comer e água a beber.
13Depois, então, compararás nossos semblantes com os dos jovens que se alimentam com as iguarias da mesa real, e farás com teus servos segundo o que terás observado”.
14O dispenseiro concordou com essa proposta e os submeteu à prova durante dez dias.
15No final desse prazo, averiguou-se que tinham melhor aparência e estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias da mesa real.
16Em consequência disso, o dispenseiro retirava os alimentos e o vinho que lhes eram destinados e mandava servir-lhes legumes.
17A esses quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos.
18Ao fim do prazo fixado pelo rei para a apresentação, o chefe dos eunucos introduziu-os na presença de Nabucodonosor,
19o qual palestrou com eles. Entre todos os jovens nenhum houve que se comparasse a Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Por isso, entraram eles a serviço do rei.
20Em qualquer negócio que necessitasse de sabedoria e sutileza, e que o rei os consultasse, este achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e mágicos do reino.
Santo André Dung-Lac e Comps. Mts. Dn 3,52-53.54-55.56-57
Resposta: “A vós louvor, honra e glória eternamente!”
52Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais, digno de louvor e de eterna glória! Que seja bendito o vosso santo nome glorioso, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!*
53Sede bendito no templo de vossa glória santa, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
54Sede bendito por penetrardes com o olhar os abismos, e por estardes sentado sobre os querubins, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
55Sede bendito sobre vosso régio trono, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
56Sede bendito no firmamento dos céus, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
57Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
Santo André Dung-Lac e Comps. Mts. Lc 21,1-4
1Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.
2Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,*
3e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.
4Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Comentário:
Deitou tudo – Andamos muito enganados nas contas que fazemos. A lógica de Deus e dos seus juízos não coincide com a nossa. A graça não cabe na lógica das nossas razões e estatísticas. Por detrás das aparências de pouco ou muito é que os homens são e o Reino de Deus cresce, invisível e desconcertante. Há valores ocultos em gestos humildes, e mediocridades soantes, apregoadas na praça. Andamos na vida, tantas vezes, iludidos com aparências; por isso, as contas nos saem erradas.
A vida é dom que se recebe e oferta que se dá. A oferta será grande ou pequena, na medida do amor com que eu me der. É o amor que me enches as medidas e torna grande o que parece pequeno. Pequenas coisas só aquelas que o amor não engrandece. A grandeza das coisas e da vida depende de mim. Os ricos «deitaram do que lhes sobrava», mas aquela viúva pobre «deitou mais do que todos», porque deu tudo o que possuía. As dádivas dos ricos não punham em causa as suas contas e interesses, mas a viúva pobre fez o mais difícil, que é dar até a própria pobreza. Pouco darei, se não dou tudo. Nada darei se não me der todo.
E eu, que dou? O tudo que dermos é sempre pouco, comparado com o muito que Deus nos dá. Ao amor infinito só migalhas se podem oferecer. Dar tudo é o estilo novo trazido do céu. A divina arte do amor perfeito. Quando eu me der todo, então da pobreza da minha arca, faz Deus sair maravilhas. Não precisa das minhas virtudes; bastam-lhe as que Ele tem. E dos fragmentos da minha fragilidade fará de mim um vaso novo (Jer 18,1-6).
Toma, Senhor, tudo o que sou e tenho!
