10 Nov 2025
São Leão Magno, papa e doutor da Igreja (+461)
Imagem do santo do dia

Originário da Toscana,São Leão I, o Magno, nasceu em Roma. Antes de ser papa, tinha mostrado as suas excelentes qualidades em todas as empresas que lhe tinham sido confiadas. Foi sempre fiel e responsável.

Fala-se-nos do acólito Leão, que levava uma carta da igreja de Roma à de Cartago. Do diácono Leão, glória da igreja romana, a quem Cassiano dedica os seus livros sobre a encarnação de Cristo. Do clérigo Leão, a quem São Cirilo de Alexandria escreve para o interessar em seu favor, contra Nestório. Depois vemo-lo em França, como diplomata, negociando, em nome da Roma imperial, com os prefeitos do império.

Enquanto percorria a França, é eleito Papa. Era o ano de 440.

Todos os anos, no aniversário da sua coroação, agradece aos fiéis a confiança que nele puseram, sem o merecer, ao mesmo tempo que lhes pede orações "para que não tenhais que arrepender-vos da vossa eleição".

A chegada de São Leão à cátedra de Pedro, naquele momento, foi providencial. Roma desmoronava-se pelos quatro-costados. Diante da invasão, rangem os fundamentos da sociedade. Os generais desertavam, os imperadores eram bonecos sem firmeza. Os vinte e um anos de governo de São Leão foram uma cadeia de triunfos contra o desalento.

Roma via-se ameaçada, a partir de África por Genserico, a partir do Danúbio por Átiia, o flagelo de Deus, que com os seus bárbaros tudo destruía. "Por onde passa o cavalo de Átila, a erva não volta a nascer". Átila, o rei dos hunos, tinha sido vencido nos Campos Cataláunicos (França). Então, para se vingar, passa à Itália e dirige-se a Roma. Todos se assustam. O imperador foge. A única esperança está no Papa. São Leão sai ao encontro de Átila às portas de Mântua. Conta-se que se lhe apresentou revestido com os ornamentos pontificais. Atua comoveu-se e renunciou ao saque de Roma. O império estava podre. Os imperadores assassinam-se uns aos outros. Genserico, rei dos vândalos, chega às portas de Roma. Leão envia-lhe uma embaixada. Consegue que respeite as vidas, mas o saque será tremendo. Tinha salvo outra vez a cidade.

Não sofria só por Roma. Era pastor de toda a igreja. Reprime os maniqueus na itália, atende aos problemas da Gália, alenta as Igrejas de África, intervém nos Baicãs, escreve a São Toríbio de Astorga, avisando-o dos desvios do priscilianismo.

No Oriente estende-se a heresia monofisita de Eutiques, que defendia a existência de uma só natureza em Cristo. Muitos apoiavam a heresia. São Leão escreve de Roma a Flaviano de Constantinopla. O 49 concílio ecumênico reún-se em Calcedónia (451) e a verdade triunfa. "Pedro falou pela boca de Leão", clamam os seiscentos bispos presentes.

São Leão continua atuando, escrevendo cartas, pregando sermões, que são um exaustivo catálogo dos problemas do seu tempo, e servem-lhe para expôr a verdade. Lutou como um campeão indomável pela integridade da fé e pela unidade da igreja. São Leão com a eloquência que o caracterizava, reprimi com energia os vícios do seu tempo.

Foi sobretudo um grande catequista e um mestre da morai católica. "Reconhece, cristão, a tua dignidade", clamava São Leão. Foi grande na vida, na palavra e na ação. Bem mereceu o apelativo de Magno. Foi o Papa providencial naquela hora aziaga. Morreu no ano de 461.

Oração a São Leão Magno

Senhor, vós que destes a S.Leão Magno um coração tão valente para servir e defender vossa honra e a honra de vossa Igreja, infundi em nosso santo padre o Papa um infatigável desvelo por todo vosso povo; dai-nos fidelidade a vossos ensinamentos e aos governantes deste mundo, anseios de paz.

Amém.

São Leão Magno, rogai por nós.