O Santo Padre, ao lançar um Dia de Jejum e Oração, conclamou todos os cristãos, bem como os fiéis de outras religiões e todos aqueles que servem à causa da paz, a se unirem a esta iniciativa.
O Papa Francisco pediu que “tudo o que for possível” seja feito para evitar “uma catástrofe humanitária” em Gaza, já que os confrontos entre Israel e o Hamas continuam. O Papa falou isso durante sua audiência geral em 18 de outubro de 2023. O pontífice também lançou um Dia de Jejum e Oração em 27 de outubro, conclamando todos os cristãos, bem como os fiéis de outras religiões e todos aqueles que servem à causa da paz, a se unirem a essa iniciativa. Uma hora de oração para “implorar a paz” será realizada às 18 horas na Basílica de São Pedro.
Mais uma vez, como em todos os Angelus e Audiências Gerais desde o início do conflito em 7 de outubro, o pontífice de 87 anos de idade dedicou um pensamento para Israel e Palestina. “As vítimas estão aumentando e a situação em Gaza é desesperadora”, lamentou ele, enquanto os números mais recentes colocam o número de mortos em mais de 3.000 do lado palestino e mais de 1.400 do lado israelense.
“Por favor, façam todo o possível para evitar uma catástrofe humanitária”, implorou ele para essa faixa de terra cercada pelo exército israelense e alvo de bombardeios. Na noite de 17 de outubro, uma explosão devastou um hospital no centro de Gaza, matando pelo menos 200 pessoas. A origem do ataque ainda é desconhecida.
O Papa também expressou sua preocupação com a “possível ampliação do conflito, em um momento em que muitas frentes de guerra no mundo já estão abertas”. “Que as armas se calem, que o grito de paz dos pobres […] e das crianças seja ouvido”, insistiu. E advertiu: “A guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia morte e destruição, aumenta o ódio, multiplica a vingança”.
“A guerra destrói o futuro”, repetiu o Papa com particular gravidade. E exortou os fiéis a “tomar apenas um lado nesse conflito: o da paz, não com palavras, mas com oração e compromisso total”.
Um dia de jejum em 27 de outubro
O chefe da Igreja Católica anunciou então um “Dia de Jejum, Oração e Penitência” na sexta-feira, 27 de outubro, convidando “irmãs e irmãos das várias confissões cristãs, de outras religiões e todos aqueles que se preocupam com a causa da paz no mundo” a participar.
“Às 18 horas, em São Pedro, teremos uma hora de oração em espírito de penitência para implorar a paz para hoje, a paz neste mundo”, disse o bispo de Roma. Ele pediu a “todas as Igrejas particulares [dioceses] que participem organizando iniciativas semelhantes que envolvam o Povo de Deus”. A data de 27 de outubro coincide com a do Encontro de Assis pela Paz, em 27 de outubro de 1986.
No final do encontro, o Papa Francisco também lembrou “a Ucrânia mártir”, sobre a qual “não se fala mais”, enquanto “o drama continua”.
Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, o Papa tem se pronunciado repetidamente para pedir o fim das hostilidades. Durante o Angelus de 15 de outubro, ele lançou um novo apelo pela libertação dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza e pelo respeito ao direito humanitário nesse território.
Na audiência geral de 11 de outubro, o Papa Francisco já havia pedido a libertação dos reféns mantidos pelos islamistas do Hamas após o ataque ao território israelense durante o festival judaico de Simha Torah. Embora o papa tenha reconhecido o direito de Israel de se defender, ele disse estar “muito preocupado com o cerco total em que vivem os palestinos em Gaza”.
No Angelus de 8 de outubro, o pontífice também disse que “o terrorismo e a guerra não trazem solução”. Além disso, desde o início dos bombardeios, o Papa Francisco telefonou para o pároco de Gaza em várias ocasiões para se informar sobre a situação dos cristãos no local.
Por sua vez, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, ofereceu-se em troca das crianças mantidas como reféns.
Fonte: Aleteia
