Por Pe. Peter John Cameron, OP
O desejo nos é dado para que possamos entender o propósito pelo qual estamos vivendo
Orar é exercitar nosso desejo. Santo Agostinho nos diz que “o desejo do seu coração é a sua própria oração. Se você deseja orar sem cessar, não deixe de desejar. A constância de seu desejo será ela mesma a voz incessante de sua oração.”
Em um diálogo místico, Deus diz a Santa Catarina de Sena: “Você sabe como me mostro dentro da alma que me ama de verdade? Eu mostro minha força de várias maneiras de acordo com o desejo dela.”
Por que o desejo é tão crucial? Percebemos por experiência que nossos desejos nos levam a algum lugar. O desejo nos abre para um plano maior do que nós mesmos e nos instiga a persegui-lo. CS Lewis fala do desejo como “a assinatura secreta de cada alma, o desejo incomunicável e implacável.”
Portanto, esteja ciente de que o próprio desejo é um presente de Deus para nós, e o desejo nos é dado para que possamos entender o propósito pelo qual estamos vivendo. Santo Tomás de Aquino assegura-nos que “não há desejo que não se dirija a um bem. Um desejo natural não pode ser vão e sem sentido.”
O poeta católico Paul Claudel oferece este encorajamento:
“Cristo nos diz: ‘Eu vim para trazer a você o desejo e a direção, aquela compreensão secreta ao longo de suas jornadas, de seu destino. Ao fardo que te pesa, acrescentei a saudade.‘
Vamos ceder ao nosso desejo e deixar que o desejo pese em nossa oração, enquanto pedimos com São Cipriano: ‘Que Deus veja nosso desejo, pois ele dará as recompensas de seu amor mais abundantemente àqueles que o almejaram com mais fervor.’”
Fonte: Aleteia
